Marien Ngombé, fundador dos Ateliers Citoyens du Congo

by | 30 Dezembro 2024 | Podcast

O soft power, ou influência através da cultura, está no centro dos esforços de Marien Ngombé para desenvolver as indústrias culturais e criativas de África. Através dos seus escritos e de iniciativas como os Ateliers Citoyens du Congo e os Dias do Soft Power, promove o património africano e incentiva o investimento na cultura.
África está repleta de talento e cultura. No entanto, a sua influência na cena internacional nem sempre reflecte esta riqueza. Para Marien Ngombé, um ator empenhado, a solução reside no soft power. Este conceito, que se refere à influência através da cultura, está no centro do seu trabalho. Marien Ngombé é o fundador dos Ateliers Citoyens du Congo e o iniciador das Jornadas do Soft Power. Trabalha para promover as indústrias culturais e criativas africanas. Saiba mais sobre a sua carreira e o seu empenhamento.

Um percurso profissional atípico das finanças à literatura

Marien Ngombé tem uma formação original. Estudou contabilidade e finanças. Atualmente, é diretor financeiro. Mas também tem uma paixão pela escrita e pela cultura africana. Este duplo interesse cria um equilíbrio. Marien Ngombé explica: “Preciso de rigor e de estrutura, que encontro no meu trabalho, mas também de criatividade, que encontro na escrita.

Marien Ngombé, autor de Franklin, o rebelde

A escrita como âncora e vetor de identidade

A escrita é essencial para Marien Ngombé. Permite-lhe fixar as suas memórias. Permite-lhe contar a sua infância. E permite-lhe partilhar uma visão autêntica de África. O seu primeiro livro, Escales, explora as viagens. Abrange tanto as viagens físicas como as viagens interiores. Mais recentemente, Marien Ngombé coordenou “Taxi Poto Poto”. Esta coleção de contos leva os leitores numa viagem imersiva. A viagem decorre no coração das cidades africanas. A viagem desenrola-se através dos olhos dos taxistas. “O taxista é uma personagem que fala, que sabe tudo, que se alimenta das realidades locais”, afirma Marien Ngombé.

Taxi Poto Poto: uma viagem ao coração das cidades africanas

O “Taxi Poto Poto” oferece uma perspetiva única da África urbana. Este projeto reflecte a missão do Africa Fashion Tour. Destaca a diversidade das culturas africanas. Marien Ngombé criou um conceito original. Utiliza a figura do taxista. Esta personagem torna-se um observador privilegiado da vida urbana.

Marien Ngombé, autor de Taxi Poto Poto

Les Ateliers Citoyens du Congo e Jornadas do Soft Power

Marien Ngombé não se limita a escrever. Ele toma medidas concretas. Fundou os Ateliers Citoyens du Congo. Esta organização promove o soft power africano. Lançou também as Jornadas do Poder Suave. Este evento anual liga a diáspora aos actores locais das indústrias culturais e criativas. O programa inclui conferências, feiras, palcos abertos e concursos de empreendedorismo. “África só sobreviverá se esta ponte entre a diáspora e o continente for realmente construída”, sublinha.

O desafio de financiar as ICC em África

O desenvolvimento das indústrias culturais e criativas em África enfrenta um grande obstáculo: a falta de financiamento. Marien Ngombé insiste em vários pontos. O Estado tem de ser envolvido na estruturação das empresas do sector. É preciso formar os actores. E os investidores têm de ser educados. “Temos de repensar os modelos económicos e mostrar que a cultura é um verdadeiro negócio”, afirma.

O empenhamento de Marien Ngombé é claro. Ele quer ver um maior reconhecimento das indústrias culturais e criativas africanas. As suas iniciativas são passos importantes nessa direção. O investimento na cultura é essencial. Trata-se de uma poderosa alavanca para o desenvolvimento económico e social do continente. Ele encarna esta visão.


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Chaque épisode est une invitation à voyager en Afrique. Dans un monde où les algorithmes ont tendance à réduire la variété des contenus diffusés, Africa Fashion Tour veut amplifier la voix des créatifs  du continent africian. L’ambition de ce podcast est aussi de déconstruire les à priori sur la mode africaine qui ne saurait se limiter aux clichés du wax et du boubou.
Ces interviews sont des opportunités pour comprendre l’écosystème de la mode africaine et appréhender les challenges rencontrés par les professionnels du secteur. Nos petits gestes à fort impact pour donner de la force, abonnez vous, laissez un avis et partager votre épisode préféré.