Rainha Isabel Ihowa, uma infância entre Lagos e Paris
Queen Elizabeth Ihowa descreve-se a si própria como uma mulher franco-nigeriana multipotencial com a missão de atingir o seu potencial máximo todos os dias. Inspirada pelas duas cidades em que cresceu e evoluiu, Lagos e Paris, é apaixonada pelas indústrias criativas. O seu percurso profissional diversificado é um reflexo da sua busca constante para se alinhar com os seus valores e permanecer autêntica. Nascida em Lagos, na Nigéria, a Rainha Isabel mudou-se para França aos 10 anos de idade, onde teve de se adaptar a uma nova língua e cultura. A sua carreira académica, embora clássica, foi sempre influenciada pela sua ligação às raízes nigerianas. Depois de se ter licenciado com distinção no bacharelato L, prosseguiu os seus estudos para obter uma licenciatura em línguas estrangeiras aplicadas, com ênfase no comércio internacional.
Desenvolver a sua marca pessoal com a Rainha Isabel Ihowa
A sua imersão no mundo digital começou durante um estágio de final de curso numa marca de moda. Esta experiência despertou a sua paixão pelo marketing digital, levando-a a fazer um mestrado em Negócios Internacionais com especialização em marketing digital. O apoio e a educação dos seus pais desempenharam um papel crucial na preservação da sua cultura nigeriana. Em casa, o inglês e as línguas étnicas eram falados habitualmente, preservando as tradições e os valores que moldaram a sua infância.
Uma vez terminados os estudos, decidiu sonhar em grande e, influenciada pelos pais, candidatou-se a um emprego na LVMH. A sua carreira no luxo começou com funções-chave na Givenchy, Kenzo e Make Up For Ever, onde foi responsável pelo conteúdo e parcerias com influenciadores. Depois mudou-se para o grupo Estée Lauder, onde foi responsável pelo Brand Content da marca Bobbi Brown.
Durante os seus estágios e experiências no sector do luxo, desenvolveu a sua marca pessoal ou personal branding nas redes sociais. Como maquilhadora, fotógrafa, videógrafa, youtuber e contadora de histórias, adquiriu as competências essenciais para a criação de conteúdos.
Pedida pelo seu público, decidiu arriscar e tornou-se consultora de redes sociais. Paralelamente ao seu contrato permanente, organiza masterclasses para ajudar empresários e bloguistas a desenvolver a sua presença em linha.
A visão da Rainha Isabel Ihowa sobre a moda africana
A moda e a beleza sempre estiveram no centro da vida da Rainha Isabel e, tendo crescido num ambiente criativo com uma mãe estilista, ela identifica quatro pilares no ecossistema da moda em África:
- Designers que desenvolveram uma verdadeira competência, como Thebe Magugu e Mai Atafo, que podem ser associados a uma forma de elite criativa africana.
- Estilistas que ajudam a criar looks e apoiam o desenvolvimento da marca
- Alfaiates e costureiras que fazem diariamente peças de coleção
- Os artesãos guardiões do património africano
Segundo ela, a moda africana responde sobretudo à necessidade de se vestir, uma expressão cultural que tem as suas origens na vida quotidiana. Apesar dos desafios, a Rainha Isabel está otimista quanto à mudança de paradigma e à ascensão da moda africana no continente e fora dele.
Um episódio emocionante
Nesta entrevista, a especialista em storytelling Queen Elizabeth Ihowa fala-nos do seu percurso único e da sua determinação em manter-se alinhada com os seus valores em todas as suas iniciativas. Mudou-se de Lagos para Paris aos 10 anos de idade e manteve uma forte ligação ao seu país natal. Atualmente, a sua identidade plural permite-lhe estar à vontade em qualquer ambiente.
Ouvir também
- Rabi Taabara Yansané, co-realizadora do documentário African Styles
- Alia Baré, a arte de fundir empreendedorismo, criatividade e design
- Kassim Lassissi, a arte de fundir moda e viagens